MALPIGHIACEAE

Heteropterys patens (Griseb.) A.Juss.

Como citar:

Diogo Marcilio Judice; Tainan Messina. 2012. Heteropterys patens (MALPIGHIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

19.839,18 Km2

AOO:

108,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Distribui-se nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Amorim, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

?<i>H. patens </i>é restrita aos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Apresenta EOO de 17.385 Km² e esta contemplada por unidades de conservação (SNUC). É uma liana gigante que necessita de grandes áreas florestadas para manter sua população estável. As subpopulações que não se encontram em unidades de conservação (SNUC) podem estar vulneráveis e a espécie pode estar ameaçada de extinção em um futuro próximo se as taxas de perda de Mata Atlântica dos dois Estados não decaírem. Portanto, a espécie foi categorizada como "Quase ameaçada"<i> </i>(NT).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Heteropterys patens é uma espécie distinta por suas pétalas amarelas encobertas de vermelho, pétala posterior vermelha no centro e as pétalas laterais são vermelhas próximo à unha (Amorim, 2003). Banisteria patens, o nome anterior da espécie, foi baseado em um espécime de Sellow de São Paulo. Quando Jussie descreveu Heteropterys anomala, possui três coletas (uma do Rio de Janeiro e outras duas da Bahia), e ignorou que o nome anterior Banisteria patens fora aplicado para sua nova espécie. Jussieu fez a combinação de H. patens, mas considerou-as espécies distintas, porque o tipo de Sellow possuía pecíolo eglandular, e folhas curtas e oblongo-lanceoladas e flores imaturas. Grisebach e Niedenzu seguiram o conceito taxonômico de Jussieu; Niedenzu estabeleceu H. patens var. acuminata. Embora a ocorrência de indivíduos com pecíolo eglandular não seja comum no grupo, esta característica somente não é taxonomicamente significante (Amorim, 2003). Após estudar os tipos de H. patens e de coletas recentes Amorim (2003) confirmou a alta variabilidade no formato das folhas, não considerando nenhum base para separar H. patens de H. anomala.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não há dados populacionais disponíveis para a espécie.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica (Amorim, 2010)
Fitofisionomia: Ocorre em florestas primárias e bordas em Floresta Atlântica de encosta do Rio de Janeiro. No Estado de São Paulo ocorre em mata de Restinga (Amorim, 2003).
Detalhes: Heteropterys patens é uma liana, com 1,4 a 4 m. Folhas planas membranáceas, arredondadas, ovadas a elípticas, opostas. Inflorescência paniculada. Flores amarelas encobertas de vermelho. Frutos sâmaras marrons quando maduros (Amorim, 2003).Ocorre em florestas primárias e bordas em Floresta Atlântica de encosta do Rio de Janeiro. No Estado de São Paulo ocorre em mata de Restinga (Amorim, 2003).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development local high
Segundo Rodrigues et al. (2008) os ambientes ocorrentes no Estado de São Paulo, sofrem um processo histórico de degradação por ser a área mais industrializada do País e atualmente coberto por imensas extensões de terras agricultáveis.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista de espécies ameaçadas de São Paulo (SMA-SP,1995).
Ação Situação
1.1.2 Implementation on going
Faz parte da Lista de Espécies-Alvo nas Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo (Rodrigues et al., 2008).